Acesse a pesquisa e entenda como jornalistas estão sob ataque no Brasil hoje
A quem interessa uma imprensa atacada, descredibilizada? A quem interessa que jornalistas tenham que gastar tempo na justiça defendendo seu direito de publicar determinadas reportagens e histórias?
Os dados demonstram que todos os perfis de jornalistas participantes do estudo focado em mulheres e pessoas LGBTQIA+ são impactados de alguma maneira pela disseminação de informações falsas, incorretas ou descontextualizadas para a população.
54,9% afirmaram que o fenômeno da desinformação gera um impacto direto em sua rotina profissional e 14,7% afirmam ter desenvolvido algum tipo de problema mental
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“É uma violência de gênero muito clara porque quem ataca avalia que a mulher é mais frágil, que vai se intimidar e recuar diante desse tipo de ataque violento, mas o efeito tem sido o contrário, hoje em dia quem tá na linha de frente da denúncia dos abusos, dos arbítrios do governo, do autoritarismo do presidente, dos absurdos cometidos durante a pandemia, são as jornalistas mulheres”
VERA MAGALHÃES, jornalista, comentarista de política, colunista
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“A minha família também sofreu retaliação de trabalho por causa do podcast [A vida de Jair]. É assim, pressão pra cima de pessoas da minha família por causa do meu trabalho. Então eu tô lidando com tudo isso, e tentando voltar a trabalhar, mas eu não me sinto cem por cento. Eu tenho dificuldade de me concentrar agora, tenho dificuldade de manter a
concentração. Trabalho muito, eu gosto muito de trabalhar, eu gosto muito de ser jornalista, de trabalhar com a reportagem, mas isso tudo mexeu muito comigo e com a minha família”
JULIANA DAL PIVA, jornalista
perfil dos respondentes
“Eu acho que faz parte da solução, é claro que essa não é uma solução simples, mas eu acho que faz parte da solução cada vez mais a gente abrir a caixa preta do jornalismo. Como é que o jornalismo é feito? Quais são as técnicas? Quais são os métodos? Como são os processos? Que caminho você percorreu para chegar à informação? Como é que ela foi checada. Eu penso que abrir essa caixa preta é relevante porque as pessoas podem ter uma vaga ideia, mas não sabem qual é o processo da captação dessa informação, de checagem, de edição”
CAROLINA MONTEIRO, jornalista